Nestes últimos dias estive em contato direto com os jovens, em momentos descontraídos, estressantes e enriquecedores. Estou vivendo um complexo processo de descobrimento do "eu" educador, que em particular para mim está sendo muito gratificante e enriquecedor. Cada dia vou me sentindo mais "ligado" aos jovens, entendendo melhor o universo deles, buscando facilitar a trajetória deles no programa.
Acredito que o método da nossa equipe de trabalho é de grande vália em todo esta caminhada, percebo um trabalho diferenciado, várias vezes percebidos por nós em reuniões, confesso que a principio esta forma de trabalho foi estranho para mim, com o tempo fui me acostumando, a tornando como integrante da minha própria ação dentro do programa. Trabalhar unido, unido não apenas na hora da reunião ou das saídas, mais sim unido em todo o processo planificativo e formativo dos jovens propicia uma visão ampla e nítida das reais necessidades e potencialidades do grupo como um todo.
Assumimos talvez até sem atentarmos em sua totalidade que optamos por um trabalho bastante intelectual durante os encontros, talvez pela formação da equipe, e nem tanto pelo perfil dos jovens. Nos últimos dias propomos em roda ou em grupos menores discutir temas de uma profundidade muito grande, até mesmo apontado pela Sueli Kimura, diretora do IPEDESH. Percebi que está posição não é em total uma prática do Programa Jovens Urbanos, pelo menos a prática nas demais ongs foram propiciar aos jovens logo no início saídas de caráter explorativo.
Porém esta escolha, de propiciar aos jovens um aprofundamento teórico inicial e estimular a relação entre eles, vindo trazer a primeira saída quase uma mês após o programa ter se iniciado, fez com que está saída, ao menos com a turma da manhã a qual estive presente, fosse uma exploração agradável, onde pude perceber uma adesão muito significativa dos jovens nos espaços propostos, sobre tudo no interior da Catedral de São Miguel Arcanjo, o qual todos os jovens que escolheram entrar pude perceber uma visão aberta sobre o espaço, sem, ao menos visivelmente, preconceitos sobre o templo religioso, e sim pude ver muita curiosidade deste grupo sobre a imponente construção.
Outro ponto foi as entrevistas propostas pelos jovens, mesmo não vendo o resultado final desta ação pude perceber que a grande parte dos jovens não ficaram receosos de conversar com as pessoas, se portando educadas e interessadas na visão do outro. Pude ouvir algumas vezes os jovens dizerem que deviam ouvir o outro, o que percebi ter sido resultado da relação com o programa.
Acredito que nestas semanas teve uma potencia muito grande, acredito que nas semanas que se seguirão, assim como no decorrer do programa, está potencia se quantitative em busca da excelência, assim como espero que os jovens que hoje não percebo tanta motivação possam vir a surpreender. Da mesma forma, estou propondo a mim mesmo em me tornar um educador em constante formação.
Por fim quero destacar que eu por ser jovem e morador da região onde estou atuando como educador, São Miguel Paulista, assim como todos os jovens presentes na turma, me sindo emocionado, por ver jovens brilhantes, que provam ser errônea alguns rótulos colocados pela sociedade nos jovens em zonas periféricas.
Primeiros contatos
ResponderExcluirEssa etapa inicial do Programa Jovens Urbanos tem sido desafiadora e estimulante, navegando pelo blog de voces, vamos descobrindo afinidades - pequenas - mas eletivas. Por mais que ainda não tenhamos atingido os 60 jovens esperados, e, é assim mesmo! conhecemos um pouco desses jovens durante o processo de inscrição, aguardamos os proximos selecionados.
Vamos compartilhando planos e expectativas. Observando as dificuldades sociais e aquelas próprias da fase da adolescência, me sensibilizo. Me vejo alguns anos atrás.
Com certeza a maior lição da vida é a superação, e R-evolução do próprio SER.
Abraço fraterno.
Pedro
Salve Claudemir.
ResponderExcluirApostar no aprofundamento de assuntos e questões relacionados a subjetividade dos jovens influencia diretamente na adesão das práticas do programa.
A prática da exploração (circulação principalmente) é uma característica chave do PJU, mas é necessário a discussão e reflexão de teorias, independentes do tempo (antes ou depois).
Não devemos jamais subestimar os jovens e apresentar conteúdos rasos.
Temos sim, que, enquanto educadores, aprofundar o conhecimento teórico com os jovens, o cuidado que temos que ter, é como dinamizar essa prática.
Parabéns pelo trabalho.
PJU consultoria, quero fazer uma correção: a postagem foi de Alexandre D'Lou. O IPEDESH considera importante que se registre corretamente a autoria dos textos.
ResponderExcluirabç
Sueli K