Existe um fato que não comentei: nasci, cresci e amo São Miguel. Bairrista nato, reencontro o bairro a partir do jovens urbanos agora. E está sendo de um prazer indescritivel esta aventura. Boa parte deles são alunos da E E P S G Ataulpho Alves, a mesma escola que estudei e que muito me marcou em questões sociais e artisticas. Boa parte deles são da vila Rosária, bairro onde morei por vinte anos. Outros, pertencem à cidade Nova, local por onde muito andei. Coincidentemente uma das participantes é filha de um amigo que tinha uma banda que tocava ali no La Torre, onde eu dava umas canjas vez ou outra. Sim, está sendo um reencontro comigo mesmo. É muito legal dizer "Rosária", "Sinhá", "Morumbizinho" e as pessoas saberem exatamente o que está sendo dito. Percebo que apesar da diferença de idade, as experiências se repetem de alguma forma. As amizades, as "gangs" (hoje bondes) e uma rebeldia própria da idade paira em seus depoimentos de vivências. Estar em São Miguel é muito bom e, eu, que já tenho toda uma mitologia pessoal sobre o bairro, reconheço uma nova mitologia através dos participantes.
Hoje, assistimos ao documentário "Pro dia nascer Feliz" e o assunto foi educação e cidadania. Ouvi novas histórias sobre o Ataulpho e contei antigas. Entendo-os. Sou entendido por eles. Meu Deus, como é bom estar em casa!
Hoje, assistimos ao documentário "Pro dia nascer Feliz" e o assunto foi educação e cidadania. Ouvi novas histórias sobre o Ataulpho e contei antigas. Entendo-os. Sou entendido por eles. Meu Deus, como é bom estar em casa!
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