quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Palestra com Escobar Franelas




ESCOBAR FRANELAS, escritor e videomaker paulistano, 42 anos, publicou seu primeiro trabalho em 1989 - os poemas "Velhos Trapos" e "Opus Vivendi" - na Antologia Poética de Pinheiros. Desde então ganhou alguns prêmios, como o "Arte na Cohab/SP-Literatura"(1998), com o poema "Pátrio Nosso"; o 1º Prêmio Barueri de Literatura/SP com o poema "Balé"(2003), e o 1º Concurso Chapecoense de Literatura/SC, com o conto "Anatomia de um Crime" e o poema "Prostração"(2004).
Tem um livro de poemas publicado, hardrockcorenroll (SP: Ed. Scortecci, 1998) e prepara o lançamento do romance Antes de Evanescer. Mantém o blogue Vs. Eu: http://escobarfranelas.blogspot.com. É membro da União Brasileira dos Escritores (www.ube.org.br), e verbete da Enciclopédia Brasileira de Literatura (Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa, Global Editora, 2ª edição, volume I, 2001, pg. 732).
Na área de vídeo já participou de clipes musicais, comerciais, shows, filmes e eventos. Acabou de finalizar o curtametragem Retrato de Um Poeta Quando Velho Zen, sobre o poeta potiguar Dailor Varela. Está iniciando a produção de um documentário sobre o Movimento Popular de Arte, de São Miguel. 





Interessantes Jovens Urbanos

O primeiro convite veio pelo Alexandre D´Lou, um desses jovens inquietos que insistem em mostrar que o bordão “os jovens de hoje são isso, aquilo... bla bla bla” (que nós, mais velhos, insistimos em repetir), não procede. O Alê, fotógrafo, pensador, cineasta em formação, pode ser tudo, menos passivo diante das questões que permeiam o mundo atual. Pois bem, ele convidou-me a palestrar, trocar idéias, tagarelar, junto aos jovens que são seus alunos no Projeto Jovens Urbanos, mantido pelo IPEDESH em São Miguel.
Topei a empreitada, mesmo sem saber o quê, ou como falar. Dia 13 logo pela manhã, cheguei lá. No início todos estavam tímidos (ou intimidados), inclusive este que vos escreve. Mas depois desatei a falar e quase não paro, tanto que duas horas depois, se ele ou a Sueli Kimura (uma das coordenadoras do local), não tivessem me dado um toque, o diálogo com a molecada teria avançado pra lá do meio-dia. Papo gostoso, com jovens interessados, com muitos projetos pra lá de interessantes, de paisagismo adequado à horticultura, de produção de vídeo etc. Enfim, foi uma conversa com jovens que questionam e perguntam com qualidade. Saí feliz do encontro.
Aliás, saí é uma mentira. Fui ficando, trocando idéias, e-mail e telefone com um e outro, e quando vi, o Claudemir Santos, escritor, ator e dramaturgo de mão cheia, também arte-educador que dá aulas no mesmo projeto à tarde, chegou. E, no meio de tudo o que estava rolando, o convite para “trocar idéias” com a turma da tarde também. Aceitei.
Nova surpresa: os jovens da tarde, um pouco mais velhos que os da manhã (idade oscilando entre 18 e 19 anos), tornaram o papo ainda mais complexo e interessante. Novas dúvidas, novas questões, histórias e outros quetais, e lá vem o Claudemir me dar tapinhas nas costas, avisando que o tempo... bem, o tempo esgotara. Fiquei verde, pois estrapolei o combinado e algumas idéias não puderam ser totalmente elucidadas. De novo! Muito mal de minha parte, que preciso aprender a administrar melhor o tempo.
O que gostaria de falar, contudo, é que os Jovens Urbanos de São Miguel trouxeram tanta qualidade à palestra que arrisco dizer que quem mais saiu lucrando nessa história foi eu.

Escobar Franelas

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